A autoavaliação no planejamento didático em química à luz da Teoria dos Campos Conceituais
DOI:
https://doi.org/10.15366/didacticas2022.27.007Palavras-chave:
Campo conceitual, Ensino de química, Formação inicial, Processos de ensino e aprendizagemResumo
No presente trabalho busca investigar como licenciandos em química submetidos a uma proposta formativa com base na Teoria dos Campos Conceituais (TCC) de Vergnaud passam a perceber os processos de ensino e aprendizagem, tratados como um campo conceitual nesta perspectiva teórica, e como isso influencia em seu planejamento didático. Para tanto, analisamos planos de aulas elaborados por eles após o processo de formação a fim de identificar possíveis invariantes operatórios, os quais poderiam remeter ao campo conceitual em questão. Os resultados obtidos nos permitiram identificar evidências na aplicação dos conhecimentos relacionados à formação reflexiva adquiridos ao longo das reuniões formativas, os quais sugerem que os licenciandos buscaram empregar tais conceitos em seu planeamento.
Downloads
Referências
Brasil. (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília: MEC.
Campos, R. C. & Silva, R. C. (1999) Funções da química inorgânica... funcionam. Química Nova na Escola, 9(1), 18-22. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/conceito.pdf
Cedran, D. P. (2018). O processo de conceitualização da estequiometria: um estudo à luz da teoria dos campos conceituais. 289 f. Doutorado em Educação para a Ciência e a Matemática Instituição de Ensino: Universidade Estadual de Maringá, PR, Brasil.
Cedran, D. P. & Kiouranis, N. M. M. (2019). Teoria dos campos conceituais: visitando seus principais fundamentos e perspectivas para o ensino de ciências. ACTIO, 4(1), 63-86. https://doi.org/10.3895/actio.v4n1.7709
Domínguez-Amaya, M. E. Niveles de argumentación en el aprendizaje de los conceptos de ácido base. 2019. 141f. Dissertação de Mestrado, Universidad Autónoma de Manizales Facultad de Estudios Sociales y Empresariales, Colômbia.
Fernandes, E. (1997). O trabalho cooperativo num contexto de sala de aula. Análise Psicológica, 15(4), 563-572.
Gilbert, J. K. (2009). Multiple representations in chemical education. Dordrecht: Springer.
Giordan, M. (1999). O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola, 10(10), 43-49. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc10/pesquisa.pdf
Greca, I. M. & Moreira, M. A. (2003). Do saber fazer ao saber dizer: uma análise do papel da resolução de problemas na aprendizagem conceitual de Física. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 5(1), 1-16. https://doi.org/10.1590/1983-21172003050106
Grings, E. T. O., Caballero, M. C. & Moreira, M. A. (2006). Possíveis indicadores de invariantes operatórios apresentados por estudantes em conceitos da termodinâmica. Revista Brasileira de Ensino de F?sica, 28(4), 463-471. https://doi.org/10.1590/S1806-11172006000400009
Grings, E. T. O., Caballero, M. C. & Moreira, M. A. (2008). Avanços e retrocessos dos alunos no campo conceitual da Termodinâmica. Revista electrónica de enseñanza de las ciencias, 7(1), 23-46. http://hdl.handle.net/10183/94785
Kala, N., Yaman, F. & Ayas, A. (2013). The effectiveness of predict–observe–explain technique in probing students’understanding about acid–base chemistry: a case for the concepts of pH, pOH, and strength. International Journal of Science and Mathematics Education, 11(3), 555-574. https://doi.org/10.1007/s10763-012-9354-z
Lopes, R. C. S. (2017). A relação professor aluno e o processo ensino aprendizagem. Dia a dia e educação, 9, 1534-8. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.pdf
Matos, S. A. & Martins, C. M. C. (2011). O ensino por investigação como campo conceitual na Teoria de Vergnaud. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciências. Campinas, SP.
Moreira, M. A. A. (2002). Teoria dos Campos Conceituais de Vergnaud, o ensino de ciências e a pesquisa nesta área. Investigações em ensino de ciências. 7(1), 7-29. https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/141212/000375268.pdf?sequen#:~:text=A%20teoria%20dos%20campos%20conceituais%20de%20G%C3%A9rard%20Vergnaud%20%C3%A9%20uma,173).
Moreira, M. A. A. (2010). Abandono da narrativa, ensino centrado no aluno e aprender a aprender criticamente. Ensino, Saúde e Ambiente, 4(1), 1-12. http://moreira.if.ufrgs.br/Abandonoport.pdf
Mortimer, E. F., Machado, A. H. & Romanelli, L. I. (2000). A proposta curricular de química do Estado de Minas Gerais: fundamentos e pressupostos. Química Nova, 23(2), 273-283. https://www.scielo.br/j/qn/a/QZSvNkKHJHG3Wk6XsSd7Phb/?format=pdf&lang=pt
Nascimento, M. G. C. A. & Reis, R.F. (2017). Formação docente: percepções de professores ingressantes na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Educação e Pesquisa, 43(1), 49-64.
Nascimento, M. G. (2018). O perfil motivacional e o desenvolvimento de esquemas coletivos por estudantes de química orgânica sob a luz da Teoria dos Campos Conceituais. 279 f. Doutorado em ciência e tecnologia: Universidade Federal do ABC, SP, Brasil.
Paiva, A. L. B. & Martins, C. M. C. (2005). Concepções prévias de alunos de terceiro ano do Ensino Médio a respeito de temas na área de Genética. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 7(3), 182-201. https://doi.org/10.1590/1983-21172005070303
Raupp, D. T. (2010). Um estudo de caso sobre a compreensão de conceitos químicos mediante visualização de representações computacionais 3D utilizando o referencial de Campos Conceituais. 107 f. Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática Instituição de Ensino: Universidade Luterana do Brasil, RS, Brasil.
Reis, S. R., Araújo, R. N. & Battini, O. (2015). O estágio supervisionado e a construção do conceito de planejamento. In: Congresso Nacional de Educação, 12, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Paraná, 23822-23832.
Silva, C. S. & Oliveira, L. A. A. (2009). Formação inicial de professores de química: formação específica e pedagógica. In: Ensino de Ciências e Matemática I: temas sobre a formação de professores, 2009, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 43-58.
Silva, H. I. & Gaspar, M. (2018). Estágio supervisionado: a relação teoria e prática reflexiva na formação de professores do curso de Licenciatura em Pedagogia. Revista brasileira de estudos pedagógicos, 99, 205-221. https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.99i251.3093
Silva, J. A. & Sousa, C. M. S. G. (2014). O modelo ondulatório como estratégia de promoção da evolução conceitual em tópicos sobre a luz em nível Médio. Ciência & Educação, 20(1), 23-41. https://doi.org/10.1590/1516-731320140010003
Silva, R. M. S. D., Nascimento, M. G., Cunha, R. L. O. R. & Bueno Filho, M. A. Construcción de relaciones entre conceptos relativos al campo estructural y al campo da Cinética Química por estudiantes de pregrado en la acepción de la teoría de los campos conceptuales. Educación química, 29(3), 48–60, 2018. https://doi.org/10.22201/fq.18708404e.2018.1.63720
Silva, R. R., Machado, P. F. L. & Tunes, E. (2010). Experimentar sem medo de errar. In Ensino de Química em foco. In: Santos, W. L. P. & Maldaner, O. A. (org.). Ensino de química em foco. 2010. 2. ed. Ijuí: Unijuí.
Spohr, C. B. (2018). O domínio do campo conceitual sobre processos de ensino e aprendizagem na formação inicial docente em ciências da natureza. (Tese Doutorado). Universidade Federal de Santa Maria, SC, Brasil.
Spohr, C. B., Garcia, I. K. & Santarosa, M. C. P. (2019). Asserção de processos de ensino e aprendizagem como um campo conceitual, Revista Dynamis, 25(3), 138-152. http://dx.doi.org/10.7867/1982-4866.2019v25n3p138-152
Takahashi, R. T. & Fernandes, M. F. P. (2004). Plano de aula: conceitos e metodologia. Acta Paulista de Enfermagem, 17(1), 114-118. https://acta-ape.org/wp-content/uploads/articles_xml/1982-0194-ape-S0103-2100200400017000595/1982-0194-ape-S0103-2100200400017000595.x42714.pdf
Tauceda, K. C. & Del Pino, J. C. (2014). A aprendizagem significativa de Ausubel e a teoria dos Campos conceituais de Vergnaud na formação de professores de ciências através do pibid. In: 5º Encontro Nacional de Aprendizagem Significativa, Pará, Belém.
Tauceda, K. C. & Del Pino, J. C. (2017). Relação da teoria pedagógica com a prática docente: contribuições dos campos conceituais para a formação de professores de ciências através do PIBID. In: XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 11. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.
Tauceda, K. C., Del Pino, J. C. & Nunes, V. M. N. (2013). O PIBID na formação inicial de professores de ciências: uma pesquisa no referencial dos campos conceituais de Vergnaud. In: IX Encontro Nacional de Pesquisa em Ciências, Águas de Lindóia, SP, Brasil.
Tauceda, K. C. (2014). O contexto escolar e as situações de ensino em ciências: interações que se estabelecem na aprendizagem entre alunos e professores na perspectiva da teoria dos campos conceituais. 416f. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS, Brasil. http://hdl.handle.net/10183/105016
Uchoa, P. N. (2015). A importância do estágio supervisionado para a formação docente: um relato de experiência. Revista Didática Sistêmica, 17(2), 43-57. https://periodicos.furg.br/redsis/article/view/5562
Vergnaud, G. (1982). Cognitive and developmental psychology and research in mathematics education: Some theoretical and methodological issues. For the learning of Mathematics, 3(2), 31-41. https://www.jstor.org/stable/40248130
Vergnaud, G. (1986). Psicologia do desenvolvimento cognitivo e didática das matemáticas. Um exemplo: as estruturas aditivas. Análise psicológica, 1(5), 76-90. https://repositorio.ispa.pt/bitstream/10400.12/2150/1/1986_1_75.pdf
Vergnaud, G. (1991) La théorie des champs conceptuels. Recherches en Didactique des Mathématiques, 10(23), 133-170. http://www.numdam.org/item/PSMIR_1989___S6_47_0/
Vergnaud, G. (2009). The theory of conceptual fields. Human development, 52(2), 83. https://doi.org/10.1159/000202727
Vergnaud, G. (2013a). Pourquoi la théorie des champs conceptuels? Infancia y Aprendizaje, 36(2), 131-161. https://doi.org/10.1174/021037013806196283
Vergnaud, G. (2013b). Conceptual development and learning. Revista Qurriculum, 26, 39- 59. https://www.ull.es/revistas/index.php/qurriculum/article/view/65.
Vergnaud, G. (2017a). O que é aprender? Iceberg da conceitualização. Porto Alegre: GEEMPA.
Vergnaud, G. (2017b). Piaget e Vygotsky em Gérard Vergnaud Teoria dos Campos Conceituais. Porto Alegre: GEEMPA.
