Vol. 39 (2022): Polifonía sobre educación
Artículos

A formação de professores na Pedagogia de Rui Barbosa: análise das questões educacionais na transição entre o Império e a República Brasileira

Alexandre Shigunov Neto
IFSP Itapetininga
Maria Cristina Monteiro Pereira de Carvalho
Pontificia Universidad Católica de Río de Janeiro
Biografía
Solange Franci Raimundo Yaegashi
Universidade Estadual de Maringá
Biografía
Polifonía sobre educación
Publicado octubre 19, 2022

Palabras clave:

formação de docentes, pedagogia, ensino primário, ensino secundário, ensino superior
Cómo citar
Shigunov Neto, A., Carvalho, M. C. M. P. de, & Yaegashi, S. F. R. (2022). A formação de professores na Pedagogia de Rui Barbosa: análise das questões educacionais na transição entre o Império e a República Brasileira. Tendencias Pedagógicas, 39, 152–163. https://doi.org/10.15366/tp2022.39.012

Resumen

A presente pesquisa, de cunho bibliográfico e documental, teve como objetivo compreender como a formação de professores é discutida por Rui Barbosa, em seus pareceres e projetos. Para tanto, buscou-se contextualizar o momento histórico vivenciado por Rui Barbosa (1849-1923), o qual foi marcado por transformações ocorridas no período final da monarquia (1822-1889) e início do regime republicano no Brasil. Discutiu-se, em especial, a Reforma Carlos Leôncio de Carvalho implementada por meio do Decreto nº 7.247, de 19 de abril de 1879, que propôs reformas para o ensino primário e secundário no município da Corte e ensino superior no Império. Verificou-se que o Decreto nº 7.247 trata-se de documento relevante que expressa aspirações de modificar a estrutura do ensino num contexto de efervescência social, no qual estavam acontecendo intensas mudanças nos âmbitos político, econômico e cultural. Pode-se afirmar que nos pareceres de Rui Barbosa fica explícita a ideia de que o Estado deve ser o responsável pela oferta da educação, desde os anos iniciais até o ensino superior. Como forma de garantir o acesso universal à educação, o jurista postulou a obrigatoriedade, a gratuidade e a laicidade do ensino. Ademais, Rui Barbosa defendeu, de modo enfático, que, concomitante à reforma dos métodos de ensino, era necessário empreender uma reforma na formação de professores. Para este grupo profissional, propôs cursos com duração de quatro anos e frequência obrigatória, além do conhecimento de língua estrangeira.

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