v. 7 n. 2 (2022): Políticas Educativas y restauraciones conservadoras: reconfiguración del derecho a la educación
Miscelánea

O curso de Pré-Cálculo como estratégia de permanência e de conclusão da Graduação: percepções dos estudantes

Sirlei Nadia Schirmer
Universidade Federal do Rio Grande
Gionara Tauchen
Universidade Federal do Rio Grande
Publicado junho 30, 2022

Palavras-chave:

Precálculo, educação superior, formação, permanência
Como Citar
Schirmer, S. N., & Tauchen, G. (2022). O curso de Pré-Cálculo como estratégia de permanência e de conclusão da Graduação: percepções dos estudantes. Revista Educación, Política Y Sociedad, 7(2), 355–378. https://doi.org/10.15366/reps2022.7.2.015

Resumo

Nos últimos anos, a Educação Superior expandiu o sistema público e a oferta de vagas em resposta às políticas de ampliação do acesso. Concomitantemente, tem-se verificado o aumento da evasão, retenção e reprovações dos estudantes. Neste sentido, buscando incidir sobre este quadro, a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) oferece o curso de Pré-Cálculo para suprir o déficit do conhecimento matemático dos discentes. Assim, o presente estudo tem como objetivos: a) conhecer o perfil dos estudantes que participaram do curso no período de 2014 a 2018; e, b) investigar suas percepções sobre os impactos do curso na formação acadêmica. O desenvolvimento metodológico foi de abordagem quali-quantitativa, com uso de questionário por meio do Google Forms, no qual 102 estudantes participaram. De acordo com os resultados, o curso contribui para o enfrentamento do insucesso para a permanência e a conclusão da graduação dos estudantes na área das Exatas. Conclui-se, portanto, sobre a necessidade institucional de mecanismos de acompanhamento do percurso acadêmico desses estudantes.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Adachi, A. A. (2017). Evasão de estudantes de cursos de graduação da USP - Ingressantes nos anos de 2002, 2003 e 2004 (Tese Doutorado). São Paulo: Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação. Disponível em https://bit.ly/3KqEkbt

Almeida, E. e Godoy E. (2017). A evasão nos cursos de Engenharia e a sua relação com a Matemática: uma análise a partir do COBENGE. Educação Matemática Debate, 1(3), 339-361.

Andrade, F. C. (2020). O Pré-cálculo na formação inicial do professor de matemática: múltiplos olhares (Tese Doutorado em Ensino de Matemática). Rio de Janeiro: Programa de Pós-Graduação em Ensino e História da Matemática e da Física. Disponível em https://bit.ly/3DVipqv

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Barufi, M. C. B. (1999). A construção/negociação de significados no curso universitário inicial de Cálculo Diferencial e Integral (Tese Doutorado em Educação). São Paulo: Programa de Pós-Graduação em Educação-Faculdade de Educação. Disponível em https://bit.ly/38ruub2

Barbosa, M. A. (2004). O Insucesso no Ensino e Aprendizagem na Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral (Mestrado em Educação). Curitiba: Programa de Pós-Graduação em Educação. Disponível em https://bit.ly/37x9YFm

Bourdieu, P. (1983). Algumas propriedades dos campos. Questões de Sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero.

Bourdieu, P. (1996). Razões práticas: sobre a teoria da ação. São Paulo: Papirus.

Bourdieu, P. (2003). O campo científico. Tradução de Paula Montero. A sociologia de Pierre Bourdieu. São Paulo.

Bourdieu, P. (2000). Les structures sociales de l’économie. Paris: Seuil.

Brasil. (2007). Ministério da Educação. Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais: REUNI. Brasília. DF: MEC. Disponível em http://www.planalto.gov.br

Brasil. (2010). Ministério de Educação. Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Brasília, DF: MEC. Disponível em http://portal.mec.gov.br/pnaes

Brasil. (2012). Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Institui o Ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Brasília. DF: MEC.

Brasil. (1997). Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades Públicas Brasileiras. Diplomação, retenção e evasão nos cursos de graduação em instituições de ensino superior públicas. Brasília: ANDIFES; ABRUEM; SESu; MEC. Disponível em https://bit.ly/3v6YroD

Brasil. (2014). Lei Nº 13.005/2014. Institui o Plano Nacional de Educação. Disponível em https://bit.ly/3rdX9a5

Carvalho, D. L. (2008). Metodologia do ensino da matemática. São Paulo: Cortez.

Coulon, A. (2008). A condição de estudante: a entrada na vida universitária. Salvador: Edufba.

Coulon, A. (2017). Etnometodologia e educação. São Paulo: Cortez.

Cury, H. N. (2007). Análise de erros: o que podemos aprender com as respostas dos alunos. Porto Alegre: Autêntica.

Felicetti, V. L. e Fossatti, P. (2014). Alunos ProUni e não ProUni nos cursos de licenciatura: evasão em foco. Educar em Revista, 51, 265-282.

Ferrão, N. S. (2013). Mapas conceituais digitais como elemento sinalizador da aprendizagem de cálculo diferencial e integral (Mestrado em Educação). São Paulo: Programa de Pós-Graduação em Educação. Disponível em https://bit.ly/3KrdcsJ

Flemming, D.M. e Luz, E.F. (1999). Tendências atuais no ensino das disciplinas da área de matemática nos cursos de engenharia. Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, Natal.

Frison, L. (2016). Monitoria: uma modalidade de ensino que potencializa a aprendizagem colaborativa e autorregulada. Pro-Posições, 27 (1), 133-153.

Furg. (2019). Universidade Federal do Rio Grande. Plano de Desenvolvimento Institucional 2019-2022. Rio Grande, Editora e Gráfica da FURG. Disponível em https://bit.ly/375q2yv

Furg. (2021). Curso de Pré-Cálculo para o 1º semestre letivo de 2021. Disponível em https://bit.ly/3DRrzEp

Furg. (2013). Universidade Federal do Rio Grande. Institui o Programa de Ações Afirmativas - PROAAF. Resolução nº 020/2013. Disponível em https://bit.ly/3ryNziv

Furg. (2013). Universidade Federal do Rio Grande. Pró-Reitoria de Assuntos Estudantes. Programa de acompanhamento e Apoio pedagógico ao estudante. Rio Grande (Material impresso).

Fonaprace. (2019). Pesquisa do Perfil socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação: das Instituições Federais de Ensino Superior do Brasil. ANDIFES.

Fraser, S. e Deane, E. (1997). Why open learning? Australian Universities review, 40(1), 25-31.

Grácio, M. M. C. e Garrutti, E. A. (2005). Estatística aplicada à educação: uma análise de conteúdos programáticos de planos de ensino de livros didáticos. Revista de Matemática e Estatística, 23 (3), 107-126.

Gomes, G. H. et al. (2005). Cálculo zero: uma experiência pedagógica com calouros nos cursos de Engenharia. Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, Campina Grande. Campina Grande: UFPB, CD-ROM.

Hack, J. R. (2011). Introdução à educação à distância. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC. Disponível em https://bit.ly/38GO4At

Kipnis, B. (2000). A pesquisa institucional e a educação superior brasileira: um estudo de caso longitudinal da evasão. Linhas Críticas, 6 (1), 109-130.

Ladeira, A. R. (2014). Uma proposta de atividades didáticas com tópicos de matemática básica preparatórios para o estudo de Cálculo universitário (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática). Belo Horizonte: Programa de Pós-. Graduação em ensino de Ciência e Matemática – História. Disponível em https://bit.ly/3xetjGv

Lima, D. M. e Vaz F. A. (2017). Curso de nivelamento em matemática: Aceitação, demandas e expectativas dos alunos do campus Bagé. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 7(1). Disponível em https://bit.ly/3jlO9LY

Lachini, J. (Coord.) (2001). Subsídios para explicar o fracasso de alunos em cálculo. Em J. B. Laudares e J. A Lachini (Orgs.), Prática educativa sob o olhar de professores de cálculo (pp. 146-189). Belo Horizonte: Fumarc.

Melo, J, M. R. (2012). Conceito de Integral: uma proposta computacional para seu ensino e aprendizagem (Mestrado em Educação Matemática). São Paulo: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologias. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Disponível em https://bit.ly/35U4Hr7

Minayo, M. C. de S. (1997). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes.

Nogueira, M. A. e Nogueira, C. M. (2006). Bourdieu & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica.

Nolan, K. (2012). Dispositions in the field: viewing mathematics teacher education through the lens of Bourdieu’s social field theory. Educational Studies in Mathematics, 80, 201-215.

Ocde. (2019). Assessment and analytical framework. Organization for economic co-operation and development Pisa 2018. Paris. Disponível em https://bit.ly/3jhicEv

Oliveira, N.; Oliveira, L. E. e Ramirez-Fernandez; F. J. (2014). Causas do fracasso escolar no ciclo básico de cursos de engenharia. Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia. Juiz de Fora, MG.

Pereira, A. C. e Teixeira; K. C. B. (2011). Uma proposta para minimizar uma defasagem conceitual na disciplina de cálculo i nos cursos de engenharias. Em XIII Conferência Interamericana de educação matemática. Recife: CIAEM, 01-05.

Prensky. M. (2001). Digital Game-Based Learning. Minnesota: Paragon House.

Procópio, M. V. R. (2014). Fracasso Universitário: um estudo sobre a permanência dos acadêmicos do curso de Física (Tese Doutorado em Educação). Goiânia: Programa de Doutorado em Educação.

Rezende, W. M. (2003). O ensino de cálculo: dificuldades de natureza epistemológica (Tese de Doutorado em Educação). São Paulo: Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

Rocha, M. D. (2010). Desenvolvendo atividades computacionais na disciplina cálculo diferencial e integral I: estudo de uma proposta de ensino pautada na articulação entre a visualização e a experimentação (Mestrado Profissional em Educação Matemática. Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto.

Rocha, C. E. et al. (2018). Projeto Pré-Cálculo na Universidade Federal de Santa Maria: reflexões sobre a contribuição para acadêmicos da matemática e outras áreas científicas. Revista Thema, 15 (3), 1154-1163.

Silveira, F. R. (2017). A evasão de estudantes no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo: uma contribuição ao conhecimento das dificuldades na identificação de seus determinantes (Tese Doutorado em Psicologia Educacional). Campinas: Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.

Sauer, L. Z. e Soares, E. M. (2004). Um novo olhar sobre a aprendizagem de matemática para a engenharia. Porto Alegre: EDIPUCRS.

Tinto, V. (1993). Leaving college: rethinking the causes and cures of student attrition. Chicago: University of Chicago Press.

Vargas, H. y Heringer, R. (2017). Políticas de permanência no ensino superior público em perspectiva comparada: Argentina, Brasil e Chile. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, 25 (71), 01-33.

Villareal, M. E. (1999). O pensamento matemático de estudantes universitários de Cálculo e tecnologias informáticas (Tese Doutorado em Educação Matemática). Rio Claro: Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Vilela, D. S. (2007). Matemática nos usos e jogos de linguagem: ampliando concepções na Educação Matemática (Tese Doutorado em Educação). Campinas: Faculdade de Educação.

Zarpelon, E. (2016). Análise do desempenho de alunos calouros de engenharia na disciplina de cálculo diferencial e integral I: um estudo de caso na UTFPR (Mestrado em Ensino de Ciência e Tecnologia). Paraná: Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Disponível em https://bit.ly/3xertp8