Revisitando os Chões de Alpompé com técnicas de deteção remota: novas evidências sobre os sistemas defensivos Romano-Republicanos
Palabras clave:
Chões de Alpompé, Idade do Ferro, Romano, LiDAR, fotografia aéreaResumen
O planalto dos Chões de Alpompé, em Santarém, foi, pelo menos desde os anos 50 do século XX, alvo de numerosos trabalhos de prospeção e até de campanhas de escavação e acompanhamento de obras agrícolas. Tais trabalhos proporcionaram a recolha de inúmeros materiais arqueológicos, muitos dos quais já publicados, que deixam antever uma relevante ocupação humana durante a Idade do Ferro e época Romano-Republicana. Todavia, a definição dos seus sistemas defensivos foi sempre difícil, situação que resulta em grande parte da densa cobertura florestal que o cobre. A recente disponibilidade, para esta zona do baixo Vale do Tejo, de dados de laser aéreo, bem como a sua combinação com fotografia aérea histórica, permitiu identificar e mapear novas estruturas arqueológicas que autorizam uma visão renovada sobre as estruturas do sítio. Esta leitura tem também em consideração os recentes dados obtidos nas intervenções arqueológicas de escavação e acompanhamento decorridas entre 2015 e 2018, que permitiram esclarecer algumas questões relevantes sobre estes sistemas defensivos.
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