Rumo a uma transformação da leitura: Hegel, Malabou e o feminino em filosofia
Palavras-chave:
Hegel, Malabou, feminino, plasticidade, temporalidade, transformação, leituraDireitos de Autor (c) 2022 David Bastidas
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Resumo
Resumo: O lugar e significado do feminino em relação à filosofia Hegeliana tem sido um importante foco de interesse dentro da tradição da filosofia contemporânea. Um dos autores cujo trabalho actual pode lançar uma nova luz sobre esta questão é Catherine Malabou. O presente texto procura desenvolver a relação entre Hegel e o feminino, identificando o feminino como o foco de transformação na leitura. O feminino aparece aqui como o tema de uma hermenêutica especulativa em que texto e leitor recebem e doam reciprocamente uma nova forma à filosofia, transformando-se mutuamente no processo. A possibilidade de uma leitura feminina na e da história da filosofia está enraizada na descoberta de uma temporalidade plástica da filosofia Hegeliana. Neste sentido, para além da leitura Heideggeriana do conceito vulgar do tempo, e das suas principais derivações, o feminino em Hegel, considerado do ângulo da plasticidade, ligado ao desenvolvimento da temporalidade, apontaria para a possibilidade da transformação subjectiva da leitura em e da filosofia. O feminino em Hegel abriria o espaço de transformação para um horizonte filosófico sem precedentes, um horizonte que, sem dúvida desconhecido e surpreendente, poderia ser antecipado e visto a chegar.
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