Políticas conservadoras no Brasil: ameaças ao direito à educação e ataques à autonomia docente
Palabras clave:
Educação, políticas conservadoras, autonomia docenteEsta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Resumen
O artigo discute algumas manifestações de políticas conservadoras no contexto escolar brasileiro que têm tentado interferir no trabalho docente. Por meio de campanhas que incitam os estudantes a vigiar seus professores contra qualquer expressão político-ideológica assim como aquelas relacionadas à gênero e sexualidade, esses movimentos têm tentado impor censura na sala de aula. O artigo procura analisar como três iniciativas recentes: o movimento Escola sem Partido, a campanha contra a chamada Ideologia de gênero e o programa de Militarização das escolas públicas têm tentado restringir a autonomia docente e colocado em risco o direito à educação, ambos garantidos em lei. O objeto em análise é autonomia docente e os fundamentos para as análises estão suportados em estudos e pesquisas desenvolvidos sobre a natureza do trabalho docente no Brasil e em outras realidades nacionais.
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