Autoavaliação das Escolas. Reflexão em Torno da Melhoria do Sistema Educativo
Palavras-chave:
Educação, Autoavaliação, Melhoria, Qualidade, Eficácia.Direitos de Autor (c) 2015 REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Resumo
O presente artigo reflete sobre o sistema de autoavaliação e o seu potencial contributo na melhoria das práticas educativas. Para tal, efetuamos um estudo de caso único numa escola básica e secundária no concelho de Câmara de Lobos da Região Autónoma da Madeira. Como técnicas de recolha de dados foram aplicadas a entrevista semiestruturada, a observação natural e participante, bem como a análise documental. Para a análise e interpretação dos resultados obtidos foram utilizadas a análise de conteúdo e a triangulação. Constatou-se que a escola em estudo não aplica o modelo europeu CAF (Estrutura Comum de Avaliação), mas possui uma equipa de avaliação interna que faz o todo o tratamento qualitativo e estatístico dos mais variados dados, desde os resultados dos alunos, passando pelo nível de eficiência dos serviços escolares, entre outros. A escola implementa, assim, um sistema aberto e flexível de autoavaliação. No entanto, este sistema de avaliação da escola não permite a deteção dos seus pontos fracos e das suas áreas fortes, que possibilitem a construção de planos de melhoria, pois só assim a escola estaria mais apta a responder ao desafio de uma possível atividade de avaliação externa. Concluímos que, a implementação na escola de um modelo de gestão de qualidade deverá assentar em finalidades, delineadas expressamente, tendo em conta o universo em particular e que seja exequível. Para tal, a escola deve adotar instrumentos de observação e análise que permitam efetivar linhas de diagnóstico para aperfeiçoar práticas e melhorar o sistema educativo.
Downloads
Referências
Afonso, A. (2002). Políticas educativas e avaliação das escolas. Para uma prática avaliativa menos regulatória. En J. Costa, A. Mendes e A. Ventura. (Orgs.), Avaliação de organizações educativas (pp. 31-37). Aveiro: Universidade de Aveiro.
Alarcão, I. e Canha, B. (2013). Supervisão e colaboração. Uma relação para o desenvolvimento. Porto: Porto Editora.
Alarcão, I. (2001). Escola reflexiva e supervisão. En I. Alarcão (Org.). Escola reflexiva e supervisão (pp. 18-19). Porto: Porto Editora.
Auto-avaliação das escolas e avaliação externa. Os pontos de intersecção. In Azevedo et al. (2006). Relatório final da actividade do grupo de trabalho para avaliação das Escolas. Lisboa: Ministério da Educação.
Azevedo, J. (2007). Avaliação das escolas. Fundamentar modelos e operacionalizar processos. En Avaliação das escolas. Modelos e processos (pp. 14-99). Lisboa: CNE.
Bardin, L. (2008). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bell, J. (1997). Como realizar um projecto de investigação. Lisboa: Gradiva.
Bell, J. (2004). Como realizar um projeto de investigação: um guia para a pesquisa em ciências sociais e da educação. Lisboa: Gradiva.
Bogdan, R. e Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em investigação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
Coimbra, M. (2002). Avaliação de organizações educativas, indicadores de gestão. En J. Costa, A. Mendes e A. Ventura. (Orgs.), Avaliação de organizações educativas (pp. 147-160). Aveiro: Universidade de Aveiro.
Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed.
Formosinho, J. e Machado, J. (2000). Reforma e Mudança nas Escolas. En J. Formosinho, F. Ferreira e J. Machado. Políticas educativas e autonomia das escolas (pp. 15-30). Porto: Edições ASA.
Hernández-Castilla, R., Murillo, F.J. e Martínez-Garrido, C. (2014). Factores de ineficacia escolar. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 12(1), 103-118.
Lafond, M. (1999). A avaliação dos estabelecimentos de ensino: novas práticas, novos desafios para as escolas e para a administração. En M. Lafond, E. Ortega, G. Marieau, J. Skovsgaard, J. Formosinho e J. Machado (Coords), Autonomia. Gestão e avaliação das escolas (pp. 9-24). Porto: Edições ASA.
Lima, J.A. (2008). Em busca da boa escola - Instituições eficazes e sucesso educativo. Revista Lusófona de Educação, 4(2), 23-41.
Lima, L. (2002). Avaliação e concepções organizacionais de escola. Para uma hermenêutica organizacional. En J. Costa, A. Mendes e A. Ventura. (Orgs.). Avaliação de organizações educativas (pp. 17-29). Aveiro: Universidade de Aveiro.
Miranda, M. (1998). Uma escola responsável. Porto: Edições ASA.
Nóvoa, A. (1992). Para uma análise das instituições escolares. En A. Nóvoa (Org.). As organizações escolares em análise. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
Perrenoud, P. (2002). Aprender a negociar a mudança em educação. Novas estratégias de inovação. Porto: ASA Editores.
Pinto, A. (2010). Auto‐avaliação e avaliação externa das escolas. Retirado de http://www.cffh.pt/
Quintas, H. e Vitorino, T. (2013). Avaliação externa e auto-avaliação das escolas. En L. Veloso (Org.), Escolas e Avaliação Externa. Um enfoque nas estruturas organizacionais. (pp. 7-26) Lisboa: Editora Mundos Sociais.
Quivy, R. e Campenhoudt, L. (2005). Manual de investigação ciências sociais. Lisboa: Gradiva.
Rocha, A.P. (1999). Avaliação de escolas. Porto: Edições ASA.
Simons, H. (1999). Avaliação e reforma das escolas. En A. Estrela e A. Nóvoa (Orgs.). Avaliações em educação. Novas perspectivas. (pp. 155-170). Porto: Porto Editora.
Stake, R. (2009). A arte da investigação com estudos de caso. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Yin, R. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.