Vol. 13 N.º 4 (2015): La Supervisión, Eje para el Cambio de los Sistemas Educativos. Experiencias en Iberoamérica
Artículos

Autoavaliação das Escolas. Reflexão em Torno da Melhoria do Sistema Educativo

José Filipe Correia Esteves
Universidade da Madeira
Publicado Dezembro 17, 2015

Palavras-chave:

Educação, Autoavaliação, Melhoria, Qualidade, Eficácia.
Como Citar
Correia Esteves, J. F. (2015). Autoavaliação das Escolas. Reflexão em Torno da Melhoria do Sistema Educativo. REICE. Revista Iberoamericana Sobre Calidad, Eficacia Y Cambio En Educación, 13(4). https://doi.org/10.15366/reice2015.13.4.005

Resumo

O presente artigo reflete sobre o sistema de autoavaliação e o seu potencial contributo na melhoria das práticas educativas. Para tal, efetuamos um estudo de caso único numa escola básica e secundária no concelho de Câmara de Lobos da Região Autónoma da Madeira. Como técnicas de recolha de dados foram aplicadas a entrevista semiestruturada, a observação natural e participante, bem como a análise documental. Para a análise e interpretação dos resultados obtidos foram utilizadas a análise de conteúdo e a triangulação. Constatou-se que a escola em estudo não aplica o modelo europeu CAF (Estrutura Comum de Avaliação), mas possui uma equipa de avaliação interna que faz o todo o tratamento qualitativo e estatístico dos mais variados dados, desde os resultados dos alunos, passando pelo nível de eficiência dos serviços escolares, entre outros. A escola implementa, assim, um sistema aberto e flexível de autoavaliação. No entanto, este sistema de avaliação da escola não permite a deteção dos seus pontos fracos e das suas áreas fortes, que possibilitem a construção de planos de melhoria, pois só assim a escola estaria mais apta a responder ao desafio de uma possível atividade de avaliação externa. Concluímos que, a implementação na escola de um modelo de gestão de qualidade deverá assentar em finalidades, delineadas expressamente, tendo em conta o universo em particular e que seja exequível. Para tal, a escola deve adotar instrumentos de observação e análise que permitam efetivar linhas de diagnóstico para aperfeiçoar práticas e melhorar o sistema educativo.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Afonso, A. (2002). Políticas educativas e avaliação das escolas. Para uma prática avaliativa menos regulatória. En J. Costa, A. Mendes e A. Ventura. (Orgs.), Avaliação de organizações educativas (pp. 31-37). Aveiro: Universidade de Aveiro.

Alarcão, I. e Canha, B. (2013). Supervisão e colaboração. Uma relação para o desenvolvimento. Porto: Porto Editora.

Alarcão, I. (2001). Escola reflexiva e supervisão. En I. Alarcão (Org.). Escola reflexiva e supervisão (pp. 18-19). Porto: Porto Editora.

Auto-avaliação das escolas e avaliação externa. Os pontos de intersecção. In Azevedo et al. (2006). Relatório final da actividade do grupo de trabalho para avaliação das Escolas. Lisboa: Ministério da Educação.

Azevedo, J. (2007). Avaliação das escolas. Fundamentar modelos e operacionalizar processos. En Avaliação das escolas. Modelos e processos (pp. 14-99). Lisboa: CNE.

Bardin, L. (2008). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bell, J. (1997). Como realizar um projecto de investigação. Lisboa: Gradiva.

Bell, J. (2004). Como realizar um projeto de investigação: um guia para a pesquisa em ciências sociais e da educação. Lisboa: Gradiva.

Bogdan, R. e Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em investigação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.

Coimbra, M. (2002). Avaliação de organizações educativas, indicadores de gestão. En J. Costa, A. Mendes e A. Ventura. (Orgs.), Avaliação de organizações educativas (pp. 147-160). Aveiro: Universidade de Aveiro.

Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed.

Formosinho, J. e Machado, J. (2000). Reforma e Mudança nas Escolas. En J. Formosinho, F. Ferreira e J. Machado. Políticas educativas e autonomia das escolas (pp. 15-30). Porto: Edições ASA.

Hernández-Castilla, R., Murillo, F.J. e Martínez-Garrido, C. (2014). Factores de ineficacia escolar. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 12(1), 103-118.

Lafond, M. (1999). A avaliação dos estabelecimentos de ensino: novas práticas, novos desafios para as escolas e para a administração. En M. Lafond, E. Ortega, G. Marieau, J. Skovsgaard, J. Formosinho e J. Machado (Coords), Autonomia. Gestão e avaliação das escolas (pp. 9-24). Porto: Edições ASA.

Lima, J.A. (2008). Em busca da boa escola - Instituições eficazes e sucesso educativo. Revista Lusófona de Educação, 4(2), 23-41.

Lima, L. (2002). Avaliação e concepções organizacionais de escola. Para uma hermenêutica organizacional. En J. Costa, A. Mendes e A. Ventura. (Orgs.). Avaliação de organizações educativas (pp. 17-29). Aveiro: Universidade de Aveiro.

Miranda, M. (1998). Uma escola responsável. Porto: Edições ASA.

Nóvoa, A. (1992). Para uma análise das instituições escolares. En A. Nóvoa (Org.). As organizações escolares em análise. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

Perrenoud, P. (2002). Aprender a negociar a mudança em educação. Novas estratégias de inovação. Porto: ASA Editores.

Pinto, A. (2010). Auto‐avaliação e avaliação externa das escolas. Retirado de http://www.cffh.pt/

Quintas, H. e Vitorino, T. (2013). Avaliação externa e auto-avaliação das escolas. En L. Veloso (Org.), Escolas e Avaliação Externa. Um enfoque nas estruturas organizacionais. (pp. 7-26) Lisboa: Editora Mundos Sociais.

Quivy, R. e Campenhoudt, L. (2005). Manual de investigação ciências sociais. Lisboa: Gradiva.

Rocha, A.P. (1999). Avaliação de escolas. Porto: Edições ASA.

Simons, H. (1999). Avaliação e reforma das escolas. En A. Estrela e A. Nóvoa (Orgs.). Avaliações em educação. Novas perspectivas. (pp. 155-170). Porto: Porto Editora.

Stake, R. (2009). A arte da investigação com estudos de caso. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Yin, R. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.