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GRIOTS, CANTADORES E RAPPERS: DO FUNDAMENTO DO VERBO ÀS PERFORMANCES DA PALAVRA

Amarino Oliveira de Queiroz
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Publiée novembre 13, 2019

Mots-clés :

Oralidade, escrita, performance, literaturas luso-africanas
Comment citer
Queiroz, A. O. de. (2019). GRIOTS, CANTADORES E RAPPERS: DO FUNDAMENTO DO VERBO ÀS PERFORMANCES DA PALAVRA. Revista De Estudios Africanos, 107–118. https://doi.org/10.15366/reauam2019.0.005

Résumé

A tradição das narrativas orais e de outras formas contemporâneas da oralidade de matrizes africanas como o rythm and poetry, mais conhecido como rap, ou a performática poesia dub proveniente da Jamaica, flagradas tanto através do trabalho desenvolvido por autores africanos como por afrodescendentes do mundo inteiro vem consistindo, em maior ou menor grau, num dado significativo que se soma ao processo de elaboração das próprias literaturas escritas produzidas no continente africano e em sua diáspora nas Américas. Tomando-se o exemplo de alguns países de língua oficial portuguesa na África, poderíamos sugerir que a retomada dessa oratura e, consequentemente, de sua reelaboração através da palavra fixada pela escrita ou performatizada pela associação entre a voz, o gesto, o movimento, a encenação e o traço - como ocorre no rap - tem se configurado como um importante elemento capaz de viabilizar não apenas uma mais completa assimilação dessas modalidades expressivas, mas também uma contribuição efetiva no sentido de afirmar positivamente as identidades culturais pelo investimento num discurso literário e artístico baseado na multiplicidade. É objetivo deste estudo, portanto, realizar uma breve discussão sobre o assunto, realçada pela interação entre as criações na oralidade e a escrita literária africana em língua portuguesa.

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