Núm. 6 (2017): LIBROSDELACORTE.ES, MONOGRÁFICO 6
ARTÍCULOS

[POR] DAS TENDAS DOS MERCADORES TÊXTEIS PORTUGUESES: INQUISIÇÃO E CULTURA MATERIAL NOS SÉCULOS XVII E XVIII // THE STORES OF THE PORTUGUESE TEXTILE MERCHANTS: INQUISITION AND MATERIAL CULTURE IN THE SEVENTEENTH AND EIGHTEENTH CENTURIES

Isabel M.R. Mendes Drumond Braga
Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras e CIDEHUS-UE
Publicado octubre 30, 2017
Cómo citar
Mendes Drumond Braga, I. M. (2017). [POR] DAS TENDAS DOS MERCADORES TÊXTEIS PORTUGUESES: INQUISIÇÃO E CULTURA MATERIAL NOS SÉCULOS XVII E XVIII // THE STORES OF THE PORTUGUESE TEXTILE MERCHANTS: INQUISITION AND MATERIAL CULTURE IN THE SEVENTEENTH AND EIGHTEENTH CENTURIES. Librosdelacorte.Es, (6), 185–211. https://doi.org/10.15366/ldc2017.9.m6.009

Resumen

Os inventários de bens contidos em processos do Santo Ofício são uma fonte relevante para o estudo da cultura material, uma vez que nos dão a conhecer a presença de patrimónios contendo casas, terras, móveis, têxteis domésticos, alimentos, utensílios de cozinha, porcelanas, pratas, vestuário e calçado, joias, armas, dinheiro, instrumentos de trabalho e matérias-primas, escravos, animais, livros, instrumentos musicais e objetos de culto e de devoção de pessoas de vários grupos sociais, como a historiografia recente tem vindo a demonstrar. Neste estudo, a proposta vai no sentido de utilizar as referidas fontes para perceber o tipo de tendas e o seu recheio, bem como o trato que era levado a efeito pelos cristãos-novos portugueses nos séculos XVII e XVIII.

 

PALAVRAS -CHAVE: Cultura Material, Inquisição, Mercadores, Portugal, séculos XVII-XVIII.

 

--

 

The inventories contained in processes of the Holy Office are a relevant source for the study of material culture, since they present us the presence of patrimonies containing houses, lands, furniture, household textiles, food, kitchen utensils, porcelain, jewelry, weapons, money, instruments of labor and raw materials, slaves, animals, books, musical instruments and objects of worship and devotion of people from various social groups, as the recent historiography has shown. In this study, the proposal is to use these sources to perceive the type of stores and their fillings, as well as the treatment that was carried out by the Portuguese new Christians in the seventeenth and eighteenth centuries.

 

KEYWORDS: material culture, merchant, Inquisition, Portugal, 17-18 centuries.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Fontes

Fontes manuscritas

Lisboa, Arquivos Nacionais Torre do Tombo (A.N.T.T.)

Inquisição de Coimbra, procs. 280, 682, 754, 877, 1896, 1915, 2257, 2627, 2780, 4510, 6136, 7214, 7258, 8568, 10586.

Inquisição de Évora, proc. 388, 750, 2369, 2387, 3593, 4742, 5364, 7083, 7236, 7781, 9255, 7990.

Inquisição de Lisboa, procs. 141, 995, 1774, 4426, 5420, 7083, 8624, 8887, 9211, 9212, 9216, 9472, 9474, 9576, 9856, 9949,10178, 10228, 10794, 11384, 11385, 11440.

Fontes impressas

Bluteau, Rafael. Vocabulario Portuguez e Latino, vol. 5. Lisboa: Oficina de Pascoal da Silva, 1716, vol. 8. Lisboa: Oficina de Pascoal da Silva, 1721.

Estatutos dos Mercadores a Retalho. Lisboa: Oficina de Miguel Rodrigues, 1752.

Sampayo, Antonio de Villas Boas e. Nobiliarchia Portugueza. Tratado da Nobreza Hereditaria e Politica. Lisboa: Oficina de Filipe de Sousa Villela, 1728.

Bibliografia

Estudos

Abel, Marília, Consiglieri, Carlos. O Bacalhau na Vida e na Cultura Portuguesas. Lisboa: Academia do Bacalhau de Lisboa, 1998.

Algranti, Leila Mezan. “‘Bebida dos Deuses’: Técnicas de Fabricação e Utilidades do Chocolate no Império Português (séculos XVI-XIX), em O Império por Escrito. Formas de Transmissão da Cultura Letrada no Mundo Ibérico séculos XVI-XIX, ed. Leila Mezan Algranti e Ana Paula Megiani. São Paulo: Alameda, 2009. 403-426.

Amorim, Inês. “Gestão Patrimonial e Estruturas Creditícias: Rumos e Directrizes em duas Instituições: a Misericórdia de Aveiro e o Convento das Freiras Carmelitas de Aveiro no século XVIII”, em XXII Encontro da APHES. Aveiro: 2002. www.egi.ua.pt/xxiiaphes (consultado a 10 de Dezembro de 2010).

Amorim, Inês. “Património e Crédito: Misericórdia e Carmelitas de Aveiro (séculos XVII-XVIII)”, Análise Social XLI, 180 (2006). 693-729.

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “A Alimentação das Minorias no Portugal Quinhentista”, em Do Primeiro Almoço à Ceia. Estudos de História da Alimentação. Sintra: Colares Editora, 2004. 11-33 (disponível on line em https://www.academia.edu/6581297/).

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “A América à Mesa do Rei”, em A Mesa dos Reis de Portugal, ed. Ana Isabel Buescu e David Felismino. Lisboa: Temas e Debates, Círculo de Leitores, 2011. 336-349.

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “A Produção Artesanal”, Portugal do Renascimento à Crise Dinástica, ed. João José Alves Dias. Lisboa, Presença, 1998. 183-187.

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “Alimentação, Etiqueta e Sociabilidade em Portugal no século XVIII”, em Cultura, Religião e Quotidiano. Portugal (Século XVIII). Lisboa: Hugin, 2005). 165-231.

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “Confeiteiros na Época Moderna: Cultura Material, Produção e Conflituosidade”, em Ensaios sobre o Património Alimentar Luso-Brasileiro, ed. Carmen Soares e Irene Coutinho de Macedo. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2014. 165-192 (disponível on line em https://www.academia.edu/9095235/).

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “Cristãos-Novos e Movimentações Monetárias: Emprestar, Fiar, Penhorar e Hipotecar”, em Judiarias, Judeus e Judaísmo. Turres Veteres XV, ed. Carlos Guardado da Silva. Lisboa: Edições Colibri, Torres Vedras: Câmara Municipal de Torres Vedras, 2013. 203-215 (disponível on line em https://www.academia.edu/6818391/).

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “Género e Confisco Inquisitorial no Portugal Moderno: da legislação à prática”, em La Mujer en la Balanza de la Justicia: Castilla y Portugal, siglos XVII y XVIII, ed. Margarita Torremocha Hernández e Alberto Corada Alonso. Valladolid: Castilla Ediciones, 2017. 181-196 (disponível on line em: https://www.academia.edu/32506799/).

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “Morue”, em Dictionnaire des Cultures Alimentaires, ed. Jean-Pierre Poulain. Paris: PUF, 2012. 889-893, https://www.academia.edu/8114236/.

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “O Caminho de uma Delícia”, Revista de História da Biblioteca Nacional 6 (2005). 62-65.

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “O Chocolate à Mesa: Sociabilidade, Luxo e Exotismo”, em Colóquio Formas e Espaços de Sociabilidade. Contributos para uma História da Cultura em Portugal. Lisboa, Universidade Aberta, 2008 [cd rom].

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. “Teares, Fios e Tecidos em Viagem. Produções e Exportações da Real Fábrica das Sedas para o Brasil (1734-1821)”, Revista de Artes Decorativas 4 (2010). 123-144 (disponível on line em https://www.academia.edu/6580984/).

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. A Herança das Américas em Portugal. Trópico das Cores e dos Sabores. Lisboa: CTT Correios de Portugal, 2007.

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. Bens de Hereges. Inquisição e Cultura Material (Portugal e Brasil, séculos XVII e XVIII). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012. (disponível on line em https://www.academia.edu/7228198/9).

Braga, Isabel M. R. Mendes Drumond. Viver e Morrer nos Cárceres do Santo Ofício. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2015.

Braga, Paulo Drumond. “Cabeleireiros e Inquisição no Portugal Setecentista”, Revista de Artes Decorativas 4 (2011). 179-195.

Castillo gómez, Antonio. “Escrito en Prisión. Las Escrituras Carcelarias en los siglos XVI y XVII”, Península. Revista de Estudios Ibéricos 0 (2003). 147-170.

Costa, Manuela Pinto da. “Glossário de Termos Têxteis e Afins”, Revista da Faculdade de Letras. Ciências e Técnicas do Património 3 (2004). 137-161.

Dias, Luís Fernando de Carvalho. Os Lanifícios na Política Económica do Conde da Ericeira. Lisboa: [s.n.], 1954.

Elias, Luís Filipe da Cruz Quaresma. “A Santa Casa da Misericórdia de Coimbra e o Empréstimo de Dinheiro a Juros (1753-1765)”, Revista de História da Sociedade e da Cultura 10, 1 (2010). 261-283. https://doi.org/10.14195/1645-2259_10-1_11

Faria, Ana Leal de. Duarte Ribeiro de Macedo. Um Diplomata Moderno (1618-1680). Lisboa: Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2005.

Farinha, António Dias. “O Primeiro Banco em Portugal (1465)”, em Estudos em Homenagem a Jorge Borges de Macedo. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica, Centro de Arqueologia e História da Universidade de Lisboa, 1992. 153-171.

Ferrières, Madeleine. Le Bien des Pauvres Madeleine Ferrières, Le Bien des Pauvres. La Consommation Populaire en Avignon (1600-1800). Seyssel: Champ Vallon, 2004.

Girón pascual, Rafael. “La Corte del Mercader: la Vivienda y el Servicio Doméstico de los Genoveses de Granada (ss. XVI-XVII)”, em Vida Cotidiana en la Monarquía Hispánica. Tiempos y Espacios, ed. Inmaculada Arias de Saavedra Alías e Miguel Luís López-Guadalupe Muñoz. Granada: Universidade de Granada, 2015. 293-306.

Lopes, Maria Antónia. “Sebastiana da Luz, Mercadora Coimbrã Setecentista (Elementos para a História de As Mulheres e o Trabalho)”, Revista de História da Sociedade e da Cultura 5 (2005), 133-156.

Macedo, Jorge Borges. Problemas de História da Indústria Portuguesa no século XVIII. Lisboa: Querco, 1982.

Machado, Alcântara. Vida e Morte do Bandeirante, introdução de Sergio Milliet. São Paulo: Imprensa Oficial de São Paulo, 2006.

Madureira, Nuno Luís. “Crédito e Mercados Financeiros em Lisboa”, Ler História 26 (1994). 21-43.

Marques, A. H. de Oliveira. Portugal na Crise dos séculos XIV e XV. Lisboa: Presença, 1987. 115-121.

Marquilhas, Rita. A Faculdade das Letras. Leitura e Escrita em Portugal no século XVII. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2000.

Monteiro, Nuno Gonçalo Freitas. “O Endividamento Aristocrático (1750-1832)”, Análise Social 27, 116-117 (1992). 263-283.

Monteiro, Nuno Gonçalo. O Crepúsculo dos Grandes (1750-1832). Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1998.

Mott, Luís. “In Vino Veritas: Vinho e Aguardente no Quotidiano dos Sodomitas Luso-Brasileiros à Época da Inquisição”, em Álcool e Drogas na História do Brasil, ed. Renato Pinto Venâncio e Henrique Carneiro. São Paulo: Alameda, Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2005. 47-70.

Mott, Luís, “Meu Menino Lindo: Cartas de Amor de um Frade Sodomita, Lisboa (1690)”, Luso-Brazilian Review 38 (2001). 97-115.

Pedreira, Jorge Manuel Viana. “Os Homens de Negócio da Praça de Lisboa de Pombal ao Vintismo (1755-1822), Diferenciação, Reprodução e Identificação de um Grupo Social”. Dissertação de Doutoramento em Sociologia e Economia Históricas apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 1995.

Pedreira, Jorge. “A Indústria”, em História Económica de Portugal, vol. 1 (O Século XVIII), ed. Pedro Lains e Álvaro Ferreira da Silva. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2004. 177-208.

Pedreira, Jorge. Estrutura Industrial e Mercado Colonial. Portugal e Brasil (1780-1830). Lisboa: Difel, 1994.

Polónia, Amélia. A Expansão Ultramarina Portuguesa numa Perspectiva Local. O Porto de Vila do Conde no século XVI, vol. 2. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2007.

Postigo Vidal, Juan. La Vida fragmentada. Experiencias y Tensiones Cotidianas en Zaragoza (siglos XVII y XVIII). Saragoça: Diputación de Zaragoza, 2015.

Ramos Palencia, Fernando. “Révolution Industrielle, Identité et Effet Trickle-Down dans une Économie Sous-Dévelopée: le ‘Monde des Coulers’ dans une petite province castillane (Palencia), 1750-1850)”, em Consommateurs et Consommation XVII-XXI siècles : Regards Franco-Espagnols, ed. Nicolas Marty e Antonio Escudero. s.l., Presses Universitaires de Perpignan, Publicacions Universitat d’Alacant, 2015. 47-77.

Rau, Virgínia. “Aspectos da Legislação Portuguesa sobre Câmbios durante o século XVI”, em Estudos sobre História Económica e Social do Antigo Regime. Lisboa: Presença, 1984. 131-139.

Rocha, Maria Manuela. “Actividade Creditícia em Lisboa (1770-1830)”, Análise Social XXXI, 136-137 (1996). 579-598.

Rocha, Maria Manuela. “Crédito Privado em Lisboa numa Perspectiva Comparada (séculos XVII-XIX)”, Análise Social XXXIII, 145 (1998). 91-115.

Rocha, Maria Manuela, Sousa, Rita Martins de. “Moeda e Crédito”, em História Económica de Portugal 1700-2000, vol. 1 (O Século XVIII), ed. Pedro Lains e Álvaro Ferreira da Silva. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2004. 209-236.

Rocha, Maria Manuela. Viver a Crédito: Práticas de Empréstimo no Consumo Individual e na Venda a Retalho (Lisboa, séculos XVIII e XIX). Lisboa: Gabinete de História Económica e Social. 1998.

Rodrigues, José Damião. São Miguel no século XVIII. Casa, Elite e Poder, vol. 2. Ponta Delgada: Instituto Cultural de Ponta Delgada, 2003.

Rodrigues, Manuel Ferreira e Mendes, José M. Amado. História da Indústria Portuguesa. Da Idade Média aos nossos Dias. Mem-Martins: Europa América, 1999.

Serrão, José Vicente. “O Quadro Económico”, em História de Portugal, ed. José Mattoso, vol. 4. Lisboa: Editorial Estampa, 1993. 89-90.

Silva, Hugo Ribeiro da. O Cabido da Sé de Coimbra. Os Homens e a Instituição (1620-1670). Lisboa: Instituto de Ciências Sociais, 2010. 122-124.

Sousa, Gonçalo de Vasconcelos e. “A Joalharia Feminina e o seu Significado Social e Económico em Portugal”, Museu 13 (2004). 17-33.

Tratado (O) de Methuen (1703). Diplomacia, Guerra, Política e Economia. Lisboa: Livros Horizonte, 2003.

Wills, John E. “European Consumption and Asian Production in the Seventeenth and Eighteenth Centuries”, em Consumption and the World of Goods, ed. John Brewer e Roy Porter Londres, New York: Routledge, 1993. 13.