Vol. 18 (2016): Vol 18-19 (2015-2016) De Egipto y otras tierras lejanas. Covadonga Sevilla Cueva in memoriam
I. En el Antiguo Egipto / From Ancient Egypt

As carpideiras rituais egípcias: entre a expressão de emoções e a encenação pública. A importância das lamentações fúnebres

Publicado mayo 25, 2017

Palabras clave:

Carpideiras , lamentações fúnebres, teatralidade, iconografia
Cómo citar
das Candeias Sales, J. (2017). As carpideiras rituais egípcias: entre a expressão de emoções e a encenação pública. A importância das lamentações fúnebres. ISIMU, 18, 61–76. https://doi.org/10.15366/isimu2015-2016.18-19.003

Resumen

Iconograficamente, o tema das carpideiras rituais egípcias como componente das práticas religiosas do antigo Egipto está particularmente bem atestada, sobretudo a partir da XVIII Dinastia, em baixos-relevos e pinturas parietais e tumulares, em pinturas em papiros, em estatuetas e em estelas. A importância ritual das lamentações públicas das carpideiras e dos carpideiros egípcios é sublinhada pelo arquétipo simbólico-mitológico da lenda osiriana, em que as irmãs divinas Ísis e Néftis se lamentam sobre o corpo morto de Osíris. A evolução religiosa egípcia fez do morto vulgar um Osíris divino, necesitando do mesmo zelo e cuidado das lamentações fúnebres. Da gramática de posturas perfeitamente estereotipadas e codificadas observáveis nas representações artísticas egípcias merece especial destaque o papel desempenhado pelos braços, pelas mãos, pela cabeça e pelos cabelos. Entre estes últimos, salienta-se o gesto nwn: as carpideiras atiravam o cabelo para a cara, tapando os olhos e simbolizando assim a obscuridade da morte. A teatralidade da dor assim encenada recebe na cultura egípcia uma dupla função, social (expressão social das emoções) e simbólica (expressão metafísica das lamentações), e faz da temática das lamentações uma das mais importantes dinâmicas da ideologia da morte no Egipto antigo.

 

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