Desafios, tensões e paradoxos pedagógicos na educação pública brasileira: entre educação popular e bancarismo pedagógigo

Autores/as

  • Paulo Alfredo Schönardie Polo Universitário Federal de Três de Maio/RS, Brasil - PUFTM

DOI:

https://doi.org/10.15366/didacticas2022.27.004

Palabras clave:

Educación, Educación popular, Diálogo, Autonomía, Educación bancaria

Resumen

Compreender em profundidade os desafios, as tensões e os paradoxos da educação pública brasileira em seu movimento contemporâneo é tema central deste artigo. Dois paradigmas pedagógicos antagônicos, quais sejam, a educação popular e o bancarismo pedagógico são vivenciados historicamente no Brasil. Ambos são criticamente apresentados e analisados pela teoria e pela empiria. O contexto social do estudo deriva da práxis escolar brasileira, em que o pesquisador está inserido. Metodologicamente é, assim, um estudo crítico-dialético. A conceituação da educação popular, seguida do conceito da educação bancária questionada pelo tensionamento possível com a educação popular tece o itinerário de estudo, para ao final recompor um caminho possível de superação dos desafios, tensões e paradoxos pelo paradigma da educação popular.

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Biografía del autor/a

Paulo Alfredo Schönardie, Polo Universitário Federal de Três de Maio/RS, Brasil - PUFTM

Pós-Doutor em Educação pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí, Brasil; Doutor (Dr. phil.) em Ciências Econômicas e Sociais pela Universität Hamburg - UHH, Alemanha; Mestre em Educação nas Ciências e Licenciado em História pela Unijuí. Atua como Coordenador do Polo Universitário Federal de Três de Maio/RS, Brasil. Pesquisador nos Grupos de Estudos de Educação Popular, Movimentos e Organizações Sociais - Geep/Unijuí/CNPq e Religião, Gênero e Violências: Direitos Humanos - Regevi/FUV/CNPq.

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Publicado

31-12-2022

Cómo citar

Schönardie, P. A. (2022). Desafios, tensões e paradoxos pedagógicos na educação pública brasileira: entre educação popular e bancarismo pedagógigo. Didácticas Específicas, (27), 82–96. https://doi.org/10.15366/didacticas2022.27.004

Número

Sección

Artículos