Núm. 4 (2022)
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O gênio maligno como imagem filosófica emblemática: uma crítica hegeliana ao materialismo dialético

Sinésio Ferraz Bueno
Unesp
Publicado diciembre 30, 2022

Palabras clave:

gênio maligno, filosofia da história, metafísica, idealismo absoluto
Cómo citar
Ferraz Bueno, S. (2022). O gênio maligno como imagem filosófica emblemática: uma crítica hegeliana ao materialismo dialético. Antítesis - Revista Iberoamericana De Estudios Hegelianos, (4), 63–88. https://doi.org/10.15366/antitesis2022.2.002

Resumen

Na filosofia moderna, o gênio maligno de Descartes representou não apenas a radicalização do ceticismo em relação à confiabilidade da razão, mas também a erosão do finalismo metafísico. Nos tempos atuais, quando o materialismo dialético almeja constituir-se como campo explicativo do ser na esfera ontológica, o tempo histórico é destituído de finalismo em termos metafísicos. Neste artigo será apresentada a hipótese de que isso significa restaurar o gênio maligno cartesiano, pois a história passa a ser concebida como sucessão aleatória de fatos contingentes entregues aos interesses imediatos dos homens. Essa perspectiva será contrastada com uma ótica hegeliana, em que o materialismo é interpretado como etapa do desenvolvimento da consciência de si.

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